Em águas geladas e escuras, de 50 a 300 metros de profundidade, cientistas dos Estados Unidos revelaram o primeiro peixe de sangue quente, o estudo, publicado recentemente na revista Science, mostra que mamífero e aves não são os únicos com capacidade de aquecer o sangue, mantendo-o em temperatura superior à do ambiente.
O Lampris guttatus - conhecido como peixe-lua, peixe-papagaio ou peixe-cravo - tem cerca de 1,5 metros e habita oceanos no mundo todo. O sangue quente, segundo os autores, permite que ele nade com mais agilidade, tenha reações mais rápidas e enxergue melhor. Tudo isso o torna predador de alta perfórmance, algo incomum em águas com temperatura em torno de 5¨C. "Achávamos que se tratava de um peixe com movimentos lentos, como a maior parte dos peixes de ambientes frios, que precisam conservar energia emboscando presas, em vez de caçá-las. Mas, como ele consegue aquecer o próprio corpo, torná-se predador rápido e agil", disse o principal autor do estudo, Nick Wagner, da Administração Nacional do Oceano de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos(NOAA).Artigo publicado no jornal ESTADÃO/MAIO/2015.