ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA PODE DISPENSAR O USO DE ADOÇANTES
A preferência pelo sabor doce é uma característica própria do ser humano. O açúcar e a combinação de duas substâncias (glicose e frutose) e fornece quatro calorias por grama. Os adoçantes são substitutos naturais ou artificiais do açúcar que conferem sabor doce ao menor número de calorias por grama. Possuem capacidade de adoçar muito em pequenas concentrações.
No Brasil, até meados dos anos 80, devido à legislação vigente, os produtos dietéticos eram considerados fármacos, sendo indicados principalmente para portadores de diabetes.
Com a classificação dos adoçantes em 1988, o uso se estendeu pela população geral, e em uma nova legislação.
Em 1998 regulamentou a prática no mercado nacional. Hoje, o uso de adoçantes ve4m acontecendo tanto por diabéticos, tanto por pessoas que desejam emagrecer.
Por sua vez, a indústria de alimentos, também usa esse recurso para desenvolver produtos menos calóricos, sem comprometer o sabor dos alimentos como é o caso dos sucos e refrigerantes diet, light ou zero.
A Sociedade Brasileira de Diabéticos esclarece que as pessoas com diabetes podem usar qualquer adoçante, porém é importante ressaltar que o consumo deve ser moderado e apenas quando necessário.
Se possível é necessário que se faça um rodízio entre os diferentes tipos.
Durante a gestação, o uso deve ser conservado apenas às mulheres que precisam controlar o peso e para as com diabetes. Deve-se dar preferência para o aspartame, sucralose e acessulfame-K.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins especiais e Congêneres (ABIAD), é importante saber que os portadores da fenilcetonúria, uma doença genética rara diagnosticada na infância, deve evitar o aspartame, pois esse contem fenilalanina em sua composição.
De acordo com o Manual de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes, os adoçantes são seguros se forem consumidos dentro dos níveis estabelecidos. Ou seja, há uma ingestão diária máxima estabelecida para evitar qualquer prejuízo à saúde da população.
Por exemplo, se uma pessoa com 60 quilos for utilizar o adoçante Aspartame o limite de consumo diário é de 2400 mg por dia (40mgx60 kg) o que dependendo da marca, corresponde a 65 sachês do adoçante aspartame ou 497 gotas. Já se a mesma pessoa escolher o adoçante estévia, também dependendo da marca, ela poderá consumir até 62 gotas por dia.
No dia a dia, não é possível fazer essa conta a todo o momento. Mas vale ressaltar que a maioria dos adoçantes possuem limites difíceis de serem superados
Lembro-me que o nosso paladar é possível de mudanças e melhor seria nos acostumarmos com o consumo de pouco açúcar. Faça um teste, qual é a quantidade de açúcar que você utiliza no suco ou no cafezinho durante o dia? Experimente diminuir, aos poucos, essa quantidade. Com o passar do tempo, você não conseguirá voltar a beber o café ou o suco com a mesma porção de antes.
Pensando nessa linha, o adoçante muitas vezes, substitui o sabor doce do açúcar, porém não modifica o paladar.
O assunto tratado é polêmico e o ponto que precisamos deixa claro é que, na maioria das vezes, o uso de adoçante (edulcorantes) é uma opção e não uma obrigação. O consumo de açúcar não deve passar de 25 gramas por dia ou cinco sachês de açúcar (de 5 g), portanto se a alimentação for equilibrada, normalmente não há necessidade desse recurso (REVISTA CABESP +VIDA- Por Tatiane Café Guedes-Nutricionista).