NATUREZA

05/02/2016 15:49

CAÇA A ANIMAIS NA AMAZÔNIA PODE AFETAR ABSORÇÃO DE CARBONO

Estudos de pesquisadores brasileiros, americanos e ingleses aponta relação inédita com prejuízo a árvore de grande porte. – por Giovana Girardi

O que a caça de antas e macacos na Amazônia pode ter com o aquecimento global? Um estudo publicado esta semana fez essa relação pela primeira vez. Com a redução do número de animais que espalham sementes de grandes árvores, essas espécies de troncos particularmente densos também tende a desaparecer, reduzindo a capacidade da floresta de absorver carbono, o principal gás responsável pelo efeito estufa. Em longo prazo, isso pode piorar o aquecimento global.

A associação foi feita por um grupo de pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Inglaterra liderada pelo biólogo brasileiro Carlos Peres, da Universidade Britânica East nbglia, em estudo publicado na REVISTA PNAS.

Eles fizeram uma estimativa do potencial de caça dos cerca de um milhão de domicílios rurais que existem na amazônia brasileira. A análise teve como FOCOS GRANDES MAMÍFEROS QUE COMEM FRUTAS, EM ESPECIAL OS MACACOS-BARRIGUDOS, O MACACO ARANHA E AS ANTAS.

esses animais, especialmente sensíveis à caça por humanos, têm uma relação de mutualismo – dependência do outro para viver – com espécie de arvores altas, que têm troncos bastante densos. somente as antas e macacos conseguem comer e espalhar suas grandes sementes.estadão/fevereiro/2016.

ssas as ÁRVORES, que por sua vez, que mais absorvem carbono na floresta. Os pesquisadores projetam que a perda dessa fauna pode levar a uma redução média de biomassa na floresta de até 5,8 – em algumas regiões, podem chegar a 37,8%. Isso pode signicar entre 3,08 e 7,36 gigatonelas de carbono não absorvido; o brasil inteiro emite, por ano, cerca de 1,5 gigatonelada de CARBONO.

 

Sabemos que cerca de espécies são caçadas. Mas o macaco-aranha, o barrigudo e a anta são os mais sensíveis à pressão da caça e são os melhores dispersores de sementes. Eles comem MUITAS SEMENTES e, depois de passarem pelo trato digestivo, já saem prontinhas para germinar. “ESSES ANIMAIS SÃO GRANDES JARDINEIROS”, explica Peres ao Estado. Os pesquisadores calcularam a perda econômica que isso poderia gerar, considerando o potencial do mercado de carbono; entre US$,5,9 TRILHÕES.ESTADÃO/FEVEREIRO/2016.

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